Participação Inspiradora no DigiTalks: como a inteligência artificial vai afetar o nosso trabalho

Recentemente, tive o privilégio de participar do DigiTalks, o principal evento de negócios de economia digital e tecnologia. E se teve um tema que “sequestrou” a pauta, sem dúvida, foi inteligência artificial. Não importava a palestra: fosse sobre sustentabilidade, direito, branding ou marketing, todas traziam reflexões sobre como a IA poderia afetar o trabalho. Esse é o assunto do momento, e embora polêmico, houve um consenso entre os profissionais: você não será substituído pela IA (pelo menos não em um futuro próximo), mas certamente poderá ser por quem sabe usá-la melhor do que você.

Isso porque, como sabemos e bem lembrou Luciano Kalil, CMO, CPO e CXO da Squid, nenhuma ferramenta possui consciência crítica, esse é um atributo exclusivo da humanidade. Pelo contrário, o modelo de funcionamento dessa que é uma das mais famosas, o ChatGPT, é bastante limitado e utiliza uma base de dados de 2021. Qualquer pergunta que abarque situações posteriores não pode ser respondida. E, em algumas situações, mesmo antes disso. Não é incomum para a ferramenta errar traduções, gerar discursos enviesados e criar cases e citações inexistentes, uma vez que prioriza o acesso fácil e simplificado aos conteúdos.

A minha experiência corrobora com essa visão. Já tentou pedir para o ChatGPT escrever um texto de mais de duas mil palavras? É uma tarefa quase impossível. Ele considera textos longos como algo necessariamente cansativo e, mesmo se utilizar os comandos corretos, é extremamente difícil obter resultados exatamente como precisa. Fazendo um paralelo, é como se o Chat escrevesse para a geração TikTok, com capacidade de concentração de dois minutos e bora para o próximo conteúdo! Ou seja, se você achou que o ChatGPT vai substituir aquela pesquisa caprichada, levantamento de informações, entrevistas, ainda não chegamos lá!

 

Inteligência artificial como aliada

Agora que você provavelmente respirou aliviado e se deu conta de que está longe de ser trocado por um robô, vamos ao que interessa: como I.A. pode ser útil? A resposta é fácil – nos ajudando a ser mais produtivos. Já teve aquela sensação de pane diante de uma tela em branco, sem saber por onde começar um texto? O ChatGPT pode ser útil nesses casos! Com os comandos certos bem detalhados, é possível que ele se torne fonte de inspiração e referência. Por exemplo: “preciso de um texto para o Instagram da marca X sobre Y e Z” e voilà. A mensagem não virá pronta, mas certamente trará bons insights e talvez até uma base para a redação.

Outra facilidade é a revisão. O seu português não é dos melhores, mas aqueles errinhos por falta de atenção certamente serão corrigidos. Para quem trabalha com produção de conteúdo são muitas as possibilidades: busca de palavras-chave relevantes, legendagem de vídeos, criação e otimização de títulos atrativos, entre outros recursos. Mas, sempre, com critério e atenção às limitações da ferramenta, cuja inteligência, ainda é artificial.

Assim como o ChatGPT, há outras ferramentas que podem ser aliadas no nosso dia a dia, na geração de conteúdo, produção de imagens, edição de vídeos curtos, gestão de cronogramas, entre outros processos. O MidJourney, por exemplo, tem sido bastante utilizado na gestão de redes sociais e criação de imagens.

Agora, se quer uma dica de ferramenta exclusiva de imagens, uma das opções é o Shutterstock, sua plataforma de geração de imagens por IA, pode ser usada por todos os assinantes do serviço. Basta escrever os comandos certos e ele gera uma variedade de imagens a sua escolha. Muito legal, né?

Com poucas certezas, muitas promessas e possibilidades, o momento é de aprofundar no mergulho e testar, testar e testar, com responsabilidade e senso crítico. E eu só tenho a agradecer ao DigiTalks por criar esse espaço de trocas, aprendizados e experiências. Sigo animada para a próxima edição!

 

 

Natália Prado
Coordenadora

 

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